CUIABÁ
Corpo de Bombeiros vai endurecer seletivo para eliminar ‘alunos fracos’
CUIABÁ

Rodrigo morreu em 15 de novembro de 2016 após passar mal em treinamento de salvamento aquático realizado na Lagoa Tevisan em Cuiabá. A instrutora do curso, tenente Izadora Ledur, foi acusada de tortura que culminou em homicídio.
Em setembro desse ano, o juiz Marcos Faleiros e os demais membros do Conselho Militar, da 11ª Vara Criminal e Justiça Militar, condenaram a oficial a um ano de prisão por maus tratos. No Tribunal, a oficial Ledur negou que tenha torturado o rapaz e que ele tinha grande dificuldade em nadar. A conduta dela, segundo depoimento, foi de incentivo para que o jovem, de 21 anos na época, melhorasse.
“Agora, como o governador já anunciou, iremos mudar um pouco a seleção, aumentar mais as exigências, retirar os fracos e melhorar o treinamento. Vamos exigir mais habilidade na área aquática, em altura, justamente para que o soldado venha mais preparado para suportar o treinamento, que é difícil, pois nos preparamos para salvar pessoas. Tem que ser uma formação forte e firme, porque a sociedade precisa da nossa resposta”, afirmou o coronel nesta terça-feira (5).
Segundo ele, serão requeridas habilidades do aluno para que ele apenas seja aperfeiçoado no treinamento. O coronel disse que a metodologia se aplica na próxima turma de formação, mas não mencionou quando a portaria será publicada. “Nossa atividade é muito estafante. Agora, no combate a queimadas, não é fácil andar 30, 40 km sob o sol num calor intenso. É muito desgastante”, exemplificou.
O militar assegurou que casos de maus tratos e tortura não são comuns na corporação e que o fato envolvendo Ledur e Rodrigo Claro foi algo pontual. Antes da morte de Rodrigo, outros alunos de turma anterior já tinham denunciado a conduta supostamente irregular da oficial. A corregedoria investigou e não encontrou nada de errado no comportamento dela.
O comandante afirma que assim como os bombeiros tratam a população quando são acionados, são tratados os novos soldados. Também garantiu que há acompanhamento dos instrutores para se averiguar a postura nos cursos.
“O caso da Ledur estava na Justiça Militar, houve o julgamento e a decisão do juiz. Nós do Corpo de Bombeiros prezamos pela boa convivência, pelo cuidado e segurança. Claro que existem fatos isolados. Não temos nenhum caso recorrente de problemas em nossas formações. […] Não é uma leniência, a Justiça Militar condenou por maus tratos, definiu a pena e ela segue na carreira dela. Somos isentos, respeitamos decisões judiciais”, destacou.
O caso
Rodrigo Claro morreu em 15 de novembro de 2016, 5 dias após ser internado em hospital particular de Cuiabá.
Ele participava de treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, curso do qual a oficial era instrutora. Conhecida por sua conduta enérgica e até agressiva, a tenente teria perseguido o soldado, sabendo da dificuldade que ele apresentava durante o treinamento.
No curso, o jovem passou mal após sofrer vários “caldos” e foi impedido pela tenente de deixar a aula, mesmo relatando o mal estar. Já sem forças para continuar, ele saiu do treinamento e foi buscar socorro médico.
Da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Verdão, ele foi encaminhado para o Hospital Jardim Cuiabá, onde faleceu.

CUIABÁ
Estado construirá novo viaduto para destravar trânsito na Miguel Sutil

Cuiabá terá, em breve, uma nova obra de infraestrutura para melhorar a mobilidade urbana da cidade. Trata-se de um viaduto, na avenida Miguel Sutil, na altura da alça de acesso ao bairro Jardim Leblon. A obra, que deverá ser tocada pelo Governo de Mato Grosso, é fruto de uma emenda do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) que, em parceria com o governador Mauro Mendes (DEM), destinou R$ 9,5 milhões para a construção. No total, o parlamentar destinou R$ 25 milhões para a capital.
Os recursos para a obra já estão nos cofres de Mato Grosso, destaca Fávaro. “A avenida Miguel Sutil passou por importantes intervenções nos últimos anos, que melhoraram e muito a fluidez do tráfego. Mas isso precisa ser feito continuamente e identificamos que um dos gargalos da via se dá na região da Trincheira Jurumirim-Trabalhadores. Por isso, destinei os recursos e com a parceria do governador, a obra foi confirmada e será executada”.
Além dos quase R$ 10 milhões para esta obra, Fávaro destinou R$ 12 milhões para o custeio da saúde pública, fortemente impactada pela pandemia da Covid-19, com alta expressiva no número e internações e atendimentos à população. “Foi um recurso muito importante no sentido de ajudar a salvar vidas e dar um atendimento digno para as pessoas, acometidas desta doença que nos atingiu de forma avassaladora”, pontua o senador.
Por fim, os outros R$ 3 milhões foram encaminhados para a pavimentação da MT-400, a antiga Estrada da Guia, que liga a região do Sucuri ao distrito cuiabano. No último sábado (16), ao lado de Mendes, Fávaro participou de um mini-estradeiro, que contou também com as presenças do deputado federal Neri Geller (PP-MT) e do deputado estadual Paulo Araújo (PP). “Esta é uma reivindicação antiga, de décadas, da população que vive naquela região e que passa por lá. Chega de lama seis meses por ano e poeira nos outros seis”, salienta Fávaro. A expectativa é que a obra comece já no ano que vem.
Mendes ressaltou a atuação de Fávaro na busca por recursos que auxiliam o Estado na realização de obras e na concretização de políticas públicas. “Fávaro tem sido um grande parceiro de Mato Grosso. Importantes recursos estão chegando, temos a parceria em dobrar estes recursos e isso multiplica as ações com o resultado chegando à população e mudando a vida das pessoas. A política só tem sentido se for assim, para melhorar a vida das pessoas”.